Ao anunciar nesta quinta-feira o apoio do PDT à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, o presidente licenciado do PDT, ministro Carlos Lupi (Trabalho), disse hoje que o partido está "de corpo e alma" na campanha da ministra.
Lupi admitiu que o apoio seria "diferente" se o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), estivesse na disputa ao Palácio do Planalto. Mas negou que fosse abandonar o apoio a Dilma.
"É claro que, se o Aécio fosse candidato, essa configuração poderia ser outra. Mas eu nunca disse que o partido não apoiaria a ministra Dilma", afirmou.
Lupi disse que, como o PDT integra a base de apoio do governo federal, é natural que faça coligação com o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma. "Nós estamos no governo, você não pode fazer jogo duplo. Nós não podemos estar no governo e ir para o palanque da oposição. Nem a população compreenderia e nós teríamos o mínimo de lealdade nesse processo", afirmou.
O presidente do PDT disse que, há mais de dois anos, firmou o compromisso com o presidente Lula de seu partido apoiar Dilma se o PT decidisse lançá-la à Presidência. "O que queremos dizer é uma sinalização que o partido tem compromisso nacional. Não criamos dificuldades para obter facilidades. Não vamos esperar e fazer charme. Nossa candidata é a ministra Dilma. Vamos de corpo e alma, sem nenhuma contrapartida, estar na campanha dela."
Lupi disse que governo e oposição devem fazer uma "eleição plebiscitária", mostrando ações feitas pelo governo de cada um. "Temos que saber quem é contra, quem é a favor do governo do presidente Lula", disse Lupi.
Na opinião do pedetista, o governo de Dilma deve ser "ainda melhor" que o de Lula, porque será o aperfeiçoamento das ações realizadas pelo petista.
Dilma almoça hoje com a cúpula do PDT para ouvir a decisão do partido de apoiar a sua candidatura à Presidência. Oficialmente, os pedetistas vão bater o martelo em junho, na convenção nacional da legenda. Como a maioria do PDT é favorável à coligação com o PT, o comando da legenda resolveu adiantar seu apoio para a ministra.
Impasses
Lupi disse que o PDT vai buscar a solução de impasses regionais que dificultam a aliança nacional com o PT. "As questões regionais, nós estamos com a direção do PT para elencar realidades. Claro que temos uma base de apoio grande", afirmou.
O ministro citou como exemplo Estados como o Paraná e o Maranhão, onde há risco de candidatura do PDT se chocar com outras da base aliada governista. No Rio, Lupi reconheceu ser difícil mudar o atual cenário diante da disposição do ex-governador Anthony Garotinho (PR), ex-pedetista, ingressar na disputa.
"O partido se fortaleceu no Rio. O caso do Garotinho é mais difícil por causa dos problemas internos. Mas nacionalmente, ele [Garotinho] apoia a Dilma. O PDT tem compromisso nacional. Nossa candidata é a ministra Dilma. vamos entrar na campanha dela", afirmou.
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