Apesar de seu status de foragido da justiça de Brasil e Paraguai, o brasileiro Jarvis Ximenes Pavão deslocava-se com relativa facilidade pelo interior do Paraguai e, também, pela região da Tríplice Fronteira. Para tanto, utilizava-se de documentos falsos.
De acordo com o Diário Última Hora, que cita informações repassadas pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), do Paraguai, uma das identidades utilizadas por Pavão (de amarelo) era a de Valdeci Oliveira da Silva, cidadão de nacionalidade brasileira, com a qual registrou ingresso ao Paraguai no dia 26/06.
O ponto de entrada escolhido foi a aduana paraguaia da Ponte da Amizade, com a entrega do documento que autoriza a permanência legal de estrangeiros no país vizinho pelo prazo de 90 dias sendo entregue por funcionários do Departamento de Migrações.
Neste sentido, o Última Hora aponta que o rosto de Pavão, considerado um dos maiores traficantes de drogas e armamentos em território paraguaio, “passou desapercebido aos funcionários de Migrações, mesmo estando impresso em grandes cartazes em todo o país”.
Além de documentos brasileiros, Pavão contava, também, com documentação paraguaia, em seu próprio nome, emitida na cidade de Concepción no ano de 2004.
Desta maneira, o brasileiro, que declarou ter nascido na cidade de Ponta Porã (MS) em 1968, obteve também a nacionalidade paraguaia, dois anos antes de começar a ser procurado pelas autoridades do país, sob acusação de lavagem de dinheiro em empresa aberta na cidade de Pedro Juan Caballero.