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Paraguai reduz impostos para incentivar a formalidade

15 setembro 2006 - 14h05

O Governo paraguaio decidiu apostar no crescimento da economia local e uma das determinações foi à redução do Imposto de Renda para empresas que investem naquele país, já que em 2004, o valor era de 30%, em 2005 caiu para 20% e este ano chegou a 10%. Também foi reduzido a tributação que incide sobre o consumo, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), similar ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), praticado no Brasil, que baixou para 10%, visando atrair novos investimentos, aumentando a arrecadação e incentivando a formalidade.“A idéia é aumentar a população fiscal. Quem não estava pagando imposto pode passar a ser contribuinte”, explica o economista paraguaio Victor Vega. Para o economista brasileiro Fabrício Cervieri a queda do imposto pode atrair mais turistas assim como também pode estimular a transferência de negócios para o país vizinho. “Atraindo mais turistas para o Paraguai eles acabam atravessando a fronteira em busca de hotéis e restaurantes estimulando a economia. Mas, essa queda na tributação também pode atrair o comerciante brasileiro a abrir seu negócio lá para pagar menos imposto”, comenta ele.O economista lembra que a carga tributária no Brasil que hoje chega a 40% do PIB (Produto Interno Bruto) também pode incentivar a mudança de país, já que no Paraguai a carga tributária não passa do 16,5%. Em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero isso já pode ser sentido antes mesmo da queda do imposto. Na cidade brasileira é difícil encontrar lojas de material de construção, elétrico e produtos veterinários. O número de postos de gasolina já caiu pela metade. Encontrar uma loja de pneus, então, é praticamente impossível.Enquanto que no Paraguai as lojas se multiplicam. No mês passado a maior área de vendas da região, o Shopping China, se associou a uma das maiores marcas de pneus do mundo: Continental. Um dos proprietários do Shopping, Felipe Cogorno, explica que hoje o comerciante paraguaio recolhe 100% dos impostos e ainda têm lucros. “É possível pagar todos os encargos tributários e ainda investir e oferecer os melhores preços. Essa é a diferença entre comerciantes brasileiros e paraguaios”.O empresário diz ainda que não pretende abrir filiais do outro lado da fronteira “não vendemos produtos em território brasileiro. A diferença de imposto é tão grande que não compensa lesar o fisco brasileiro já que no nosso país temos tantas facilidades”, completa ele.Para o turista a redução no imposto representa também queda nos preços de produtos importados, como um televisor de plasma de 53 polegadas que custava US$ 5,5 hoje o preço é de US$ 4,600 resultado da nova política fiscal. Outros produtos que também já tiveram queda, são os DVDs de até U$ 70 e filmadoras que custavam US$ 1500 hoje chegam a US$ 200.

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