O Panamá começou a receber ajuda internacional para enfrentar o desastre causado pelas chuvas que deixaram pelo menos 10 mortos e mais de 11 mil atingidos na última sexta-feira, informaram neste domingo fontes oficiais e diplomáticas. O presidente panamenho, Martín Torrijos, disse em entrevista coletiva que, apesar das dificuldades financeiras, seu governo está atendendo às necessidades imediatas dos atingidos e depois avaliará o impacto econômico do desastre. Funcionários da chancelaria panamenha e representantes de organismos internacionais fizeram hoje uma segunda reunião, depois da primeira realizada no sábado, para definir mecanismos de assistência humanitária. "Foi feito um apelo a todos os organismos internacionais para que ajudem o país", declarou à "RCM Televisión" o primeiro vice-presidente e chanceler panamenho, Samuel Lewis Navarro.A chancelaria informou em nota de imprensa que estão sendo analisadas com esses organismos as necessidades de assistência médica, abastecimento de remédios, alimentos, móveis e utensílios, trabalhos de busca e resgate, evacuação de pessoas em risco, e reconstrução de comunidades. Entre esses organismos estão o Programa Mundial de Alimentos (PMA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização Pan-americana da Saúde (OPS), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho. Lewis Navarro acrescentou ainda que equipes de resgate de diferentes países estão começando a ajudar na busca de desaparecidos, que são cinco, segundo um relatório oficial divulgado hoje. A embaixadora dos EUA no Panamá, Linda Watt, informou à imprensa que seu país doou 50 mil dólares e enviou especialistas em desastres naturais para colaborar com as autoridades locais. O governo panamenho, através da Coordenadoria de Emergência Nacional, mantém em 10 o número oficial de mortos, embora a imprensa local tenha publicado hoje que são entre 10 e 13. Pelo menos seis desaparecidos foram encontrados vivos, enquanto continua a busca de cinco, indicou o governador da província do Panamá, Erich Rodríguez, ao apresentar seu relatório à imprensa. Ele acrescentou que 11.276 pessoas foram atingidas e 108 casas destruídas, além de 2.372 residências terem sofrido danos. O presidente Torrijos, que assumiu a presidência panamenha no último dia 1º e no sábado passado declarou estado de emergência pelo desastre, revisou hoje a situação em Conselho de Gabinete e depois supervisionou as operações de ajuda. Ele enfatizou que dará prioridade à ajuda humanitária para os afetados e à busca pelos desaparecidos. Depois disso serão analisadas as necessidades financeiras e as tarefas como reconstrução de casas, acrescentou.