A modernização do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, através da informatização e softwares que vão permitir o controle externo dos órgãos jurisdicionados, vai passar necessariamente por um processo de transformação cultural. A afirmação foi feita pelo conselheiro e corregedor do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE/MT), Valter Albano, hoje em Campo Grande, durante palestra de sensibilização e modernização do controle externo que reuniu cerca de 200 servidores.De acordo com Valter Albano, assim como no TCE/MT, Mato Grosso do Sul terá de adotar um modelo administrativo gerencial, com foco em resultados, que é o que a sociedade espera dos órgãos públicos. “Esse também é um desafio para os gestores, que antes enfrentavam escassez de recursos, preocupando-se em aumentar a receita. Hoje, os recursos são limitados cabendo aos gestores saber priorizar sua aplicação, estabelecendo o que vai fazer e o que não vai fazer. Para priorizar é preciso planejar, e para isso, primeiro é preciso desenvolver uma visão estratégica, com competência”. Segundo o corregedor a visão estratégica dos Tribunais de Contas deve ser o controle externo dos resultados, da gestão dos recursos públicos, tocados como qualquer empresa privada, e seus funcionários devem aderir ao novo formato, e analisados pela sua produtividade. “No caso de Mato Grosso o processo de informatização foi iniciado em 2002, com o apoio e conscientização do próprio colegiado. Hoje, os conselheiros já estão analisando as contas referentes ao exercício de 2004. Ganhamos agilidade com a modernização, e a sociedade pode acompanhar com transparência as contas dos municípios e do Governo do Estado, onde todos saem ganhando”, destaca.