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Opinião: 'Isso é uma vergonha!' Não é mesmo, Sr. Boris Casoy?

04 janeiro 2010 - 14h38

O bordão acima (entre aspas) está na memória de muitos brasileiros pela voz marcante do âncora de televisão, jornalista Boris Casoy. Ele utiliza-se da frase geralmente para criticar as autoridades após a apresentação de determinada reportagem. O câmera fecha o cloose e ele dispara com firmeza e veemência, “isso é uma vergonha”. Desta feita ganhou notoriedade, respeito e credibilidade pelo Brasil afora. A credibilidade, essa, foi para o espaço no último dia do ano de 2009.
Há um ditado popular que diz que “quem fala demais, da bom dia a cavalo”. Pois é, o Boris Casoy, apresentador da TV Bandeirantes falou demais ao discriminar e ridicularizar os garis que apareceram numa cena muito bela e natural desejando felicidades aos telespectadores da emissora. Sem saber que o som estava ligado, o âncora disparou. “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”.
Essa frase humilhante derrubou a máscara do jornalista Boris Casoy. Mostrou quem ele é, e o que pensa. A marca de jornalista sério, honesto e compromissado com a verdade, como diz outro ditado popular “foi para o vinagre”, acabou. Será sempre lembrado como o apresentador que discriminou uma categoria de trabalhadores, os garis, a qual ele chama de lixeiros e classifica como a mais baixa na escala do trabalho.
Para ele que trabalha no conforto e nunca precisou varrer rua e nem catar lixo para ganhar o pão de cada dia, a atividade de gari é uma merda. Com isso o jornalista demonstrou seu caráter e um comportamento de senhor de escravo, comparado com os nazistas que consideravam os não germânicos como povos inferiores. O pífio pedido de desculpas no dia seguinte não amenizou em nada, o estrago em sua imagem já estava feito.
Há outro dito popular “o peixe morre pela boca”. A boca fala o que deseja o coração e pensa a mente, o jornalista foi pego pela boca. A frase dita pelo senhor Boris Casoy representa a pessoa dele. Um autoritário que se acha no patamar, porque ocupa uma profissão que exige um pouco mais de conhecimento e formação do que a do gari, se acha superior e no direito de zombar sarcasticamente do oficio do outro. Imagine a cidade do Sr. Boris com os garis de braços cruzados por uns vinte dias. Talvez daí ele daria o valor merecido para essa categoria de trabalhadores honrados.
*Professor da rede estadual de ensino de MS. E-mail: ribeiroarce@gmail.com

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