Os efeitos do ataque terrorista que resultou na morte de 129 pessoas em Paris, há quase uma semana ainda causam efeitos e fazem vítimas na Europa e Oriente Médio. Naquela região, todos os dias pessoas têm perdido suas vidas inocentemente, sem que nada até o momento pudesse ser feito. Populares vivem climas de tensão, onde o simples sair de casa para se comprar pão, pode acabar em explosão.
Porém, a intolerância existente e evidenciada nesses dias não se restringe apenas a essas regiões do globo terrestre, como somos acostumados a ouvir de pessoas que estão ao nosso redor.
Sem aceitar a diferença do próximo, essas intransigências se espalham mundo a fora e muitas vezes acontecem do nosso lado, sem que consigamos perceber. No Brasil, isso ocorre com enorme frequência.
Ao contrario do fator religioso, ao menos por enquanto, nós brasileiros sofremos e muito com a guerra urbana diária, racismo, fome, desnutrição e outros fatores que poderíamos alavancar aqui.
Em nosso país, o medo de sair às ruas também é evidente diante de tamanha violência. Não há ataques terroristas, mas criminosos estão dispostos a matar por uma moeda.
A intransigência em relação às diferentes classes sociais, principalmente aquelas menos cercadas de riquezas também ocorrem a todo o instante, assim como a aspereza com que nos deparamos com um faminto e negamos a ele alimento, matando-o de fome.
Diferente desses ataques feitos com convicção por quem os promovem, nós aqui ‘tiramos vidas’ na maioria das vezes de forma inconsciente, porém, fechamos os olhos do que está ao nosso lado para culpar ou achar responsáveis por situações que a todo instante ocorre conosco.
É preciso pensar a intolerância de grupos radicais sim como algo a se combater, mas primeiro, é necessário que saibamos nos policiar e procurarmos controlar a nossa intransigência mediante aos problemas enfrentados no nosso meio.
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