A expansão que será feita no Aeroporto Internacional de Campo Grande, através de convênio assinado entre o governo do Estado, Infraero, Prefeitura, Exército e Aeronáutica, irá tornar a Capital um ponto central de transporte intermodal, levando Mato Grosso do Sul a uma posição de destaque. A expectativa do governador e dos parceiros do projeto é que Campo Grande alcance a condição de principal capital do Centro-Oeste e se torne uma referência para o País e para o continente na questão logística. É projeto estratégico de desenvolvimento do governo fazer da cidade um centro de distribuição, exportação e importação de cargas.
“Vislumbramos a possibilidade de Mato Grosso do Sul ser pontificado como um dos estados de importância capital num futuro breve”, diz Puccinelli, destacando que os investimentos que começam a se concretizar no setor aeroviário em Campo Grande complementam obras de estrutura que há uma década já vem sendo feitas nos setores de estradas e ferrovias.
O governo estadual irá investir em torno de R$ 20 milhões para desapropriar e entregar à União uma área de 1.330 hectares anexa às atuais instalações do Aeroporto Internacional. As novas obras vão mais que dobrar o tamanho e a capacidade da unidade aeroportuária. André vai incluir no termo de doação uma cláusula devolutiva, estabelecendo que os procedimentos de construção devam começar um ano depois de concluído o projeto executivo. Com isso, fica assegurado o uso do espaço para a finalidade exclusiva de construção das novas pistas, terminal de passageiro, pátio de aeronaves e todas as demais obras incluídas no projeto.
Além de adquirir e repassar à Infraero a área para as obras, o governo contará com a parceria da Prefeitura na concretização da proposta de ter na Capital um aeroporto que atenda até dois milhões de passageiros/ano e se integre a outros modais de transporte para receber e exportar cargas. Acessos por avenidas e ferrovias implantados na última década, e outros que estão sendo executados ou projetados, irão garantir a interligação.
Um dos acessos é fruto da Via Morena, projeto nascido na administração de Puccinelli na Prefeitura. “São duas pistas de 12 metros, com canteiro central, para que no futuro, possa ter um sistema para veículo leve - sobre trilhos ou sobre rodas - quando a demanda de população se tornar suficiente para termos essa modalidade de transporte”, explica o governador. Outros caminhos que se constroem na mesma região são os acessos pelas avenidas de pistas amplas dos projetos Imbirussu-Serradinho e Buriti-Lagoa. “Também à época que estivemos na Prefeitura foi feito o anel rodoviário (alça de ligação da BR-262 à BR-060), e o anel ferroviário”, destacou André, durante a assinatura de convênio com a Infraero, citando como os demais modais estão em condições de se interligar ao novo aeroporto.
Às margens do anel rodoviário estará ainda o Terminal Intermodal de Cargas (TIC), em construção pelo Município, que inclui Porto Seco e Estação Aduaneira. “Ampliando o conceito de intermodalidade logística, entendemos que o sítio aeroportuário era pequeno demais e precisava crescer”, resume o governador.
O vice-prefeito, Edil Albuquerque, ratifica que é preciso avanço no setor aéreo, “não apenas para melhorar o atendimento dos passageiros, mas para conferir ao espaço aeroportuário condições de ser um centro de entrada e saída de carga aérea para o Brasil”.
O presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, enumera as inúmeras conquistas que uma nova e grande estrutura aerportuária na capital de Mato Grosso do Sul irá representar para o Estado e para o País: “Vai criar facilidades, abrir um acesso a todo o sistema aeroviário nacional, dar uma capacidade de exportação muito grande até para fora do País, e uma grande redução de custo da nossa exportação”.