Hoje é relembrado em todo o país os 55 anos da morte do ex-presidente do Brasil, Getúlio Vargas, tido por alguns como o “pai dos pobres” e por outros como um ditador. Em Dourados o gaúcho de São Borja é lembrado como o homem que fundou a Colônia Agrícola Nacional de Dourados – CAND, lembrado na cidade com nome de avenida, escola e até Distrito.
Em 13 de setembro de 1943 ele criou o território Federal de Ponta Porã, que na época era a terceira cidade mais populosa do Estado. O território, que tinha mais ou menos o status de um Estado, compreendia os territórios de Dourados, Rio Brilhante, Ponta Porã, Maracaju, Bela Vista, Miranda e Porto Murtinho.
No mês seguinte Vargas demarcou 276 mil hectares para serem usados como a Colônia Agrícola Nacional de Dourados, onde pretendia instalar colonos para que cultivassem as terras.
A CAND tinha como objetivos a colonização da fronteira oeste do Brasil por meio da doação de terras devolutas da união a quem estivesse disposto a se instalar no local. Foram centenas de famílias que vieram para Dourados nessa época. As terras dessa colônia deram origem aos distritos de Panambi, São Pedro, Vila Vargas, Indápolis, e ainda as cidades de Fátima do Sul, Dourados, Glória de Dourados, Deodápolis, Vicentina, Jateí e Douradina (com Cruzaltina).
Os colonos mais tarde foram para as cidades e as terras que eram fruto de doação foram vendidas e incorporadas por fazendas maiores da região, que hoje deram origem à muitos dos latifúndios existentes na região da Grande Dourados.
Se
em Dourados Vargas é tido como “progressista”, a personalidade do presidente divide opiniões pelo Brasil. Vargas foi presidente de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
O nacionalismo e o populismo marcaram o governo de Vargas. Quatro anos após ter tomado o poder, ele promulgou Constituição de 1934, mas três anos depois fechou o Congresso Nacional, passando à partir daí a governar por decretos, em um período tido como ditatorial.
É dessa época também o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ), criado para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Vargas criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo e a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas. Criou ainda a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE ( Instituto brasileiro de Geografia e estatística).
Na década de 40 “flertou” com o fascismo e o nazismo, porém com a Segunda Guerra em curso o Brasil teve navios mercantes afundados por submarinos alemães e a pressão popular, aliada com promessas de investimentos do governo norte-americano no Brasil (Siderúrgica Nacional), fizeram com que Vargas optasse por apoiar os Aliados no combate aos regimes que anos antes demonstrara simpatia.
Quando a guerra acabou, 25 mil soldados haviam lutado pelo Brasil contra regimes ditatoriais europeus, porém em casa a ditadura ainda existia. Vargas perdeu a eleição para Eurico Gaspar Dutra, militar que combatera na guerra e que tinha apoio de representantes da burguesia industrial e comercial urbana e de fazendeiros e coronéis das zonas rurais.
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista e criou a campanha do "Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás.
O suicídio de Vargas
Em 24 agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.
Vargas não teria agüentado essa pressão e teria cometido suicídio. Para saber mais sobre Vargas, clique aqui e para ver o vídeo sobre a morte dele, clique aqui.
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