Um tribunal islâmico nigeriano condenou uma adolescente de 15 anos a receber cem chicotadas por ter sido estuprada por seu padrasto. A jovem, cujo nome é mantido em segredo, foi julgada pelo tribunal islâmico da capital do nortista estado de Bauchi, depois que confessou a sua família estar grávida do padrasto, Umaku Tori, um agricultor da aldeia de Alkaleri, que a violentou diversas vezes. Tori, de 45 anos, confessou sua culpa aos juízes e foi condenado a morrer lapidado (apredejamento) e a jovem a ser chicoteada, mas a condenação só será cumprida após dar à luz seu filho. Ambos têm até o próximo dia 29 para apelar das sentenças. Um membro da corte de apelação islâmica de Bauchi, Abubakar Imame, disse que a condenação imposta à jovem é "menor" devido a sua pouca idade e por não estar casada, o que tecnicamente a exclui do crime de "adultério", punido pela lei islâmica ou sharia com a morte por apedrejamento. Várias pessoas já foram condenadas por adultério pelos tribunais islâmicos que funcionam em doze estados nigerianos do norte do país. Até o momento nenhuma sentença foi executada e vários casos foram revertidos por tribunais superiores. Um dos que mais gerou o reprovação internacional foi o da divorciada Amina Lawal, que ficou grávida sem estar casada e depois de várias apelações seu caso foi arquivado por "questões técnicas".