A reunião extraordinária da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), que começou às 14h desta quinta-feira (21), conta com a participação de representantes de 56 municípios de Mato Grosso do Sul. Uma das pautas da reunião é a enchente, seus estragos e também a volta às aulas, que preocupa os municípios afetados pela chuva em relação, principalmente, aos alunos da área rural, por causa das estradas danificadas.
A maioria dos prefeitos são favoráveis a mudança da data de início às aulas para o dia 18 de fevereiro, para que haja tempo dos municípios se reestabilizarem e evitarem problemas com transporte em meio aos estragos da enchente. Porém, as cidades que não foram tão afetadas pelo excesso de chuva, como Campo Grande e Dourados, devem continuar com a data pré-estabelecida, de 8 de fevereiro, como afirmou o prefeito da Capital Nelson Trad Filho (PMDB): “Não vou mudar porque o planejamento foi feito no início do mandato, nisso já está organizado e não dá pra alterar”, mas, Nelsinho completa: “Somos solidários sim a esses municípios afetados mais seriamente, mas Campo Grande continuará com o dia 8”. O prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), tem a mesma opinião :”Nós vamos começar no dia oito para terminar também na data já planejada”.
Mas, em outras cidades como Coxim, Rio Verde e Bela Vista, que sofreram mais com as chuvas dos últimos dias, os prefeitos concordam com a mudança da data de início do ano letivo. A prefeita de Coxim, Dinalva Mourão (PMDB) afirma que ela foi uma das primeiras a apoiar a ideia da mudança de data. “As águas do rio Taquari estão voltando ao normal, mas ainda estão a cima do leito”, lamenta a prefeita dizendo que “não parou de chover nenhum dia”.
Da mesma forma, o prefeito de Rio Verde Willian Douglas (PPS), diz que o problema maior são as estradas, e os alunos da área rural que tem de atravessá-las para chegarem até as escolas. “Pontes caíram, temos estradas que estão intransitáveis”, afirma o prefeito. E ele ainda lembra de um problema peculiar da região, que são os pecuaristas que aproveitam quando a chuva pára a fim de movimentar a boiada pelas estradas, o que gera “engarrafamento”.
Não há ainda resultado final da reunião, porém, a maioria dos municípios já se posicionaram a favor da mudança do início das aulas para o dia 18 de fevereiro, e devem, se isso acontecer, entrar em contato com a Secretaria de Educação do Estado para que a mesma alternativa possa ser acatada, caso a solicitação seja viável e aceita também pela secretária de educação, Milena Badeca.
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