Missão do Serviço de Inspeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos chegou ao Brasil na última terça-feira para inspecionar oito abatedouros de bovinos e fábricas de termo-processamento de carne bovina. A previsão é de que os norte-americanos visitem dois frigoríficos em Mato Grosso do Sul. Segundo o superintendente federal de Agricultura, José Antônio Felício, os técnicos da missão norte-americana devem permanecer no Estado entre os dias 4 e 8 de setembro. Apesar de ainda não estar confirmado, a expectativa é de que eles visitem os frigoríficos Friboi e Independência. Antes de sair a campo, a missão esteve reunida, ontem, com as equipes do Ministério da Agricultura para definir o itinerário da visita. Além de MS, os técnicos americanos devem inspecionar frigoríficos nos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás. Eles também visitarão o laboratório de microbiologia no Mato Grosso.O objetivo da visita é verificar os programas de autocontrole sanitário desses estabelecimentos e os procedimentos de inspeção empregados pelo Dipoa nesses locais. Os técnicos norte-americanos visitarão apenas empresas habilitadas a vender para aquele mercado. Os EUA só importam do Brasil carne bovina termo-processada. Segundo o coordenador-geral de Organização para Exportação da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), Eliezer de Lima Lopes, os embarques brasileiros de carne de gado industrializada para o mercado norte-americano totalizaram US$ 205,7 milhões em 2005. De janeiro a julho deste ano, as vendas do produto para os EUA somaram US$ 167,4 milhões. Durante a visita, os técnicos do governo do EUA serão acompanhados por servidores do Dipoa. No dia 12 de setembro, a missão fará uma reunião final de avaliação em São Paulo. Segundo o coordenador-geral de Programas Especiais do Dipoa, Ari Crespim dos Anjos, o objetivo da missão é verificar os programas de autocontrole desses estabelecimentos e os procedimentos de inspeção desenvolvidos pelo Dipoa. “Os Estados Unidos querem checar se estão sendo cumpridas às garantias que eles exigem para importar os produtos brasileiros”, explica Crespim. Após a identificação de febre aftosa na região de fronteira com o Paraguai, no ano passado, o Estado tem recebido, recentemente, diversas missões internacionais, todas elas voltadas à atividade agropecuária. No mês passado, o Estado recebeu técnicos da União Européia e da Rússia, que visitaram o MS para avaliar as medidas sanitárias adotadas pelo governo para controlar os focos de febre aftosa, confirmados em outubro do ano passado.