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Ministro culpa pecuaristas por febre aftosa em MS

18 agosto 2006 - 10h50

O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, disse que os pecuaristas tiveram grande responsabilidade no surgimento dos focos de febre aftosa diagnosticados no ano passado em Mato Grosso do Sul. “Há grande responsabilidade do produtor neste e em outros casos. Há recomendações técnicas para que se vacine de duas a três vezes por ano. Naquela região, houve recomendação para uma terceira vacinação. Infelizmente nem todos seguem”, disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. O governo determina que os pecuaristas do Centro-Sul vacinem seus rebanhos duas vezes por ano, em maio e novembro.Guedes Pinto afirmou que muitas vezes o pecuarista compra a vacina para ter uma nota fiscal, mas joga fora as doses. Outras vezes, segundo ele, o pecuarista compra só a nota fiscal. Para comprovar a vacinação, os pecuaristas precisam entregar o comprovante de compra da vacina ao órgão estadual de defesa sanitária. Eles dizem que não vacinam os animais porque os rebanhos perdem peso após a imunização, o que os obriga a manter os animais por mais tempo nas fazendas. Mas essa prática, ressalvou o ministro, está diminuindo.Ele também criticou indiretamente os pecuaristas que trazem animais do Paraguai, onde a arroba do boi costuma custar menos, para o Brasil, de forma irregular. “Nada contra trazer os animais, desde que isso seja feito dentro das regras.”Para Guedes Pinto, é preciso ter uma ação conjunta na defesa sanitária que envolva os governos federal e estaduais e também a iniciativa privada. “Todos temos limitações, mas nenhum desses setores atuando isoladamente será capaz de controlar a aftosa ou outras doenças que surgirem no País. É uma ação conjunta”, afirmou.O ministro admitiu que há dificuldades na defesa sanitária do País, mas disse que o governo está avançando. Ele disse que houve incremento nas verbas destinadas à defesa sanitária e às unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro). Em relação à defesa, o orçamento foi de R$ 78 milhões em 2003 e chegou a R$ 133 milhões em 2005, quando foram detectados os focos de aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Para a modernização e capacitação de pessoal de laboratórios, as liberações subiram de R$ 15,6 milhões em 2003 para R$ 53,3 milhões no ano passado. Este anos, foram gastos R$ 19,8 milhões até agora com laboratórios. A meta é chegar a R$ 50 milhões.Guedes Pinto não endossou as críticas do diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), João Cavalléro, que classificou, na semana passada, o Paraguai como “exportador de aftosa”. “Não nos cabe atribuir responsabilidade a outros”, disse. 

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