O Ministério Público Federal e o do Estado de São Paulo iniciaram ontem investigações para apurar se é autêntica a entrevista veiculada dia 7 pelo "Domingo Legal", do SBT, com dois supostos membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).No programa, a dupla fez ameaças de morte a personalidades como o padre Marcelo Rossi, o vice-prefeito de SP, Hélio Bicudo, e aos apresentadores de TV José Luiz Datena e Marcelo Rezende.Segundo o procurador-geral de Justiça do Estado de SP, Luiz Antonio Guimarães Marrey, os entrevistados cometeram apologia ao crime e ameaça.Marrey assistiu à fita do programa ontem à tarde e levantou suspeitas sobre sua autenticidade. "Ambos os indivíduos, que disseram ter cumprido penas longas, não parecem ter linguagem de quem esteve anos no sistema prisional", afirmou. Para o procurador, a entrevista pode ter dado "idéias a malucos e criminosos".Procuradora regional dos direitos do cidadão do Ministério Público Federal, Eugênia Fávero disse ontem que também irá investigar o caso. Hoje, ela irá requerer cópias do "Domingo Legal" e do "Repórter Cidadão" (Rede TV!) e "Brasil Urgente" (Band), que levantaram suspeitas de que a entrevista seria uma farsa.O "Repórter Cidadão" de ontem mostrou entrevista de um suposto líder do PCC, que estaria falando de um presídio, afirmando que as duas pessoas que deram entrevista ao SBT não seriam integrantes da facção.A assessoria de imprensa do SBT afirmou ontem que não irá comentar o caso. Procurada, a assessora de Gugu Liberato, apresentador do "Domingo Legal", não foi localizada.A Folha apurou que a Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP suspeita que as pessoas que aparecem na entrevista seriam policiais afastados por corrupção.Com o episódio, o apresentador poderá voltar ao "ranking da baixaria na TV", elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Gugu havia sido retirado da lista por ter promovido em seu programa alterações solicitadas pela campanha Quem Financia a Baixaria É contra a Cidadania, responsável pelo ranking.Segundo o deputado Orlando Fantazzini (PT-SP), coordenador da campanha, o "Domingo Legal" cometeu um deslize. "Gugu utilizou uma rede de TV para fazer uma ameaça grave. Valorizou a imagem do criminoso. Isso pode dar margem para que o crime queira usar a TV para suas ações. Se houver reclamações dos telespectadores, ele voltará à lista."
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