O ano de 2004 será o ano do debate sobre a reforma universitária. O governo quer que a sociedade participe e dê opiniões sobre o que fazer para melhorar o ensino e a estrutura das universidades brasileiras. O projeto do Ministério da Educação deve ser encaminhado ainda esta semana à Casa Civil. O ministro da Educação, Cristovam Buarque, acredita que o debate se estenderá até junho do próximo ano e que, no segundo semestre, o Congresso Nacional discutirá e votará o projeto, “que deve entrar em vigor em 2005”. “Não será um documento de reformas, mas um documento apontando quais as medidas emergenciais (professores e estrutura) e de impacto nas universidades e sociedade. Haverá ainda um roteiro para fazer a grande reforma”, explicou o ministro da Educação, Cristovam Buarque, acrescentando que "se não houver a reforma, as universidades vão perder o ritmo”.Ele afirmou ser favorável ao uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para que os alunos paguem os estudos. No entanto, lembrou que alguns parlamentares do Partido dos Trabalhadores são contra. “Eles alegam que é uma forma de colocar mais dinheiro nas universidades particulares e que esvazia o FGTS”, disse o ministro.Cristovam Buarque disse ainda que o Fundo para a Educação Básica (Fundeb) atenderá 40 milhões de pessoas. O ministro informou que a implantação do Fundeb ocorrerá de forma gradativa.