Mais de 400 presos se automutilaram em um complexo penitenciário da região de Koursk, sudoeste da Rússia, na madrugada de 27 de junho, informou hoje Valeri Borchtchev, defensor dos direitos humanos. "De acordo com nossas informações, 437 pessoas tiveram de ser atendidas na enfermaria", declarou Borchtchev. "A maioria apresenta cortes superficiais, mas 26 detentos se feriram mais gravemente e tiveram de receber pontos", especificou Borchtchev. Segundo a Associação para os Direitos Humanos, cerca de 40 parentes de presos que tinham se instalado diante do centro de detenção iniciaram na noite de quinta-feira uma greve da fome para exigir a demissão do diretor da prisão e de dois adjuntos, acusados de terem espancado prisioneiros. As forças da ordem do ministério da Justiça chegaram ao local na noite de quinta-feira e desmontaram a barraca erguida pelas famílias perto da prisão, destacou a organização de defesa dos Direitos Humanos. Dois veículos de transporte de prisioneiros saíram do centro penitenciário durante a noite. Um deles "estava totalmente cheio, e podia-se ouvir gritos de dentro do carro", relataram integrantes da associação. AFP
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