Adriana Gonçalves da Silva, de 28 anos de idade, registrou um Boletim de Ocorrência (BO) no 1º Distrito Policial da Capital acusando a Santa Casa de Misericórdia de omissão no tratamento de sua filha de dois anos de idade. Sua filha Lúcia Divina da Silva Vilalva morreu às 8h15 desta segunda-feira naquele hospital depois de sofrer uma séria queimadura ao cair sobre um fogão de lenhas em que havia uma chaleira de água fervente. O acidente aconteceu em Ribas do Rio Pardo no último domingo de agosto, dia 27, e a criança foi atendida no Hospital Público local e depois transferida à Santa Casa da Misericórdia de Campo Grande. Segundo informações fornecida pela mãe aos policiais, a criança tinha hipersensibilidade à dipirona e, mesmo avisadas sobre isto, as enfermeiras teriam dado a droga à criança. Adriana diz no BO que viu a criança ser tratada com o medicamento que lhe era alérgico e disse também que neste domingo solicitou um médico durante todo o dia percebendo que a filha não passava bem. Na manhã de ontem, segunda-feira, Lúcia teria amanhecido com o abdômen inchado e morreu às 8h15. A Santa Casa informou por meio de sua assessoria de imprensa que se tratava de uma paciente com condições muito específicas. Informou que a criança possuía um dreno hidrocefálico anterior ao acidente, o que indica que já havia uma enfermidade antes do acidente. Quanto ao caso da alergia, o hospital está levantando junto aos enfermeiros e no prontuário da criança, entretanto informa que a causa da morte só será conhecida depois que o Instituto Médico Legal (IML) publicar o laudo da necropsia.