ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quinta-feira (6) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, garantias de que o acordo entre colombianos e norte-americanos para instalação de sete bases militares no país vizinho fique restrito ao território da Colômbia. O governo brasileiro teme que a vigilânca reforçada pela presença das bases norte-americanas alcance o território brasileiro. A reunião durou cerca de duas horas e Amorim disse que o acordo ainda demandará mais negociação do Brasil com os colombianos e com os Estados Unidos.
Segundo Amorim, a Colômbia não deu garantias de que o acordo militar com os norte-americanos ficará restrito ao seu território. Contudo, acenou com uma transparência maior sobre o acordo internacional. O ministro disse que o Brasil vai analisar essa proposta. “A questão de garantias [de restrição do acordo] foi mencionada e creio que isso será objeto de reflexão. Há uma sugestão [dos colombianos] de uma transparência maior e nós temos que ver se essa transparência satisfaz as nossas dúvidas ou não. Como eu disse é uma matéria de diálogo não só com a Colombia, mas tambem com os Estados Unidos”, disse Amorim.
Negociações
O acordo bélico entre Estados Unidos e Colômbia está provocando dificuldades diplomáticas entre a Venezuela e os colombianos. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chegou a dizer que poderia entrar em guerra com a Colômbia caso o acordo fosse fechado.
Amorim disse que a conversa entre os dois presidentes foi tranquila e que o Brasil voltou a expressar suas preocupações em relação ao acordo.
“A conversa foi em clima de diálogo e de busca de entendimento das preocupações de parte a parte e ela certamente vai ter continuidade de alguma forma. Nossas preocupações foram expressas. O presidente Uribe também deu as explicacoes que achou que deveria dar sobre os objetivos desse acordo com os Estados Unidos. Nós voltamos a reiterar que acordo com os Estados Unidos se for especifico e delimitado ao territorio colombiano é uma matéria naturalmente da soberania colombiana, sempre que os dados gerais de que se disponham sejam compatíveis com essa delimitação do território colombiano”, comentou.
O ministro disse que o Brasil entende que o acordo ainda não está fechado e ainda serão necessárias mais conversas para tirar dúvidas dos outros países do continente. “Esse é um processo que vai exigir outras consultas e outras conversas não só com a Colombia, mas tambem com os Estados Unidos”.
Um dos objetivos da diplomacia brasileira no encontro, segundo informações passadas pelo assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, era convencer Uribe a ir na reunião da Unasul (União das Nações Sul-Amerinas), em Quito, no Equador, na próxima segunda-feira (10).
Contudo, Amorim disse que esse objetivo não foi alcançado. “Não posso responder pelo presidente Uribe, mas minha impressão de hoje é que ele não vai”, contou.
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