O presidente Lula pediu ao PMDB uma lista com três possíveis nomes à vice-presidência, parte que cabe a eles enquanto sócios na coligação para eleger a petista, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no ano que vem. "Isso irritou setores do PMDB, foi uma declaração muito infeliz e inoportuna", afirma um dos negociadores da aliança, o líder peemedebista na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN).
A Terra Magazine, o deputado conta que divulgará uma nota sobre a declaração do presidente Lula. Conta também que ela não representa a posição oficial do PT "que aceitará e respeitará a indicação do PMDB para vice de Dilma".
"O correto é o PMDB discutir, indicar três nomes para a ministra Dilma. Para que ela possa escolher. Isso é que nem casamento...", disse Lula em entrevista a uma rádio maranhense.
Em sua passagem pelo Maranhão, Lula também reiterou a importância de os dois partidos correrem juntos ao Planalto em 2010. Contudo, a proposta de lista tríplice desencadeou declarações de auto-afirmação dos peemedebistas:
- Michel Temer (PMDB-SP) - presidente da Câmara dos Deputados - é o nosso único candidato a vice (...) temos um critério próprio, autônomo e soberano - reitera Alves.
Sem esconder o descontentamento com a declaração de Lula, Alves reforça que se selada a aliança entre os partidos, "as chances de Temer não ser o vice, são as mesmas de a ministra Dilma não ser a candidata à presidência". Ou seja, "nulas".
Leia abaixo a íntegra da conversa:
Terra Magazine - O que o senhor achou da proposta feita pelo presidente Lula de que o PMDB apresente uma lista tríplice para que a pré-candidata Dilma escolha seu vice?
Henrique Eduardo Alves - O PMDB tem um critério próprio, autônomo e soberano. A convenção vai decidir se ratifica ou não o compromisso com o PT. O Temer é o nosso único candidato a vice-presidente da República.
Mesmo que Temer tenha alegado que são mentirosas as acusações sobre um possível envolvimento com o governador do Distrito Federal, o senhor acredita que tenham influenciado Lula para que fizesse esse pedido?
Não, não, não...
Esta listar chegou a ser tema de conversas entre PMDB e PT? Tinha algo do tipo acordado?
Essa declaração nem mesmo bate na porta do PMDB. Fica do lado de fora. Nada a ver. Eu acho que o presidente Lula pode opinar, tem todo o direito de falar por seu partido. O PMDB é quem decide o que é correto para o PMDB.
O senhor chegou a conversar com o presidente Lula ou com alguém do PT sobre o ocorrido?
Não, não, não. Se for aprovada a aliança, a mesma chance de o Michel ser vice é a de Dilma ser candidata.
Ou seja, nula?
É. Se o PT indicou a Dilma, nós respeitamos os critérios do PT. Temos os nossos critérios. Essa declaração não abala a estratégia do PMDB. Pelo contrario. Essa declaração foi muito infeliz, muito inoportuna, não tem nenhuma repercussão no PMDB.
Não muda absolutamente nada? Não afeta absolutamente nada?
Não. Essa declaração apenas irritou segmentos do PMDB. Temos ainda uma longa caminhada, isso fica para traz. Já nos foi dito que essa não é a posição do PT, que o PT aceitará a indicação do PMDB e respeitarão.
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