Laudo feito pelo perito contratado pela empresa Haddad, o engenheiro Eduardo Vargas Aleixo, sugere como ideal o valor de R$ 66 mil para o aluguel do prédio da Câmara de Vereadores de Campo Grande. É o segundo laudo apresentado a pedido da Justiça. Na 2ª Vara de Fazenda Pública corre ação civil pública contra o valor cobrado até junho de 2000, de R$ 35 mil. Atualmente, são pagos por mês R$ 13,9 mil, depositados em juízo.O laudo feito a pedido da dona do prédio foi entregue à Justiça em dezembro. O argumento para o valor defendido é que seria a quantia adequada para a empresa ter o retorno do capital investido. Falta agora o encaminhamento de estudo feito por peritos a pedido da Promotoria do Patrimônio Público, autora da ação civil.O perito elaborou o laudo após analisar os dados do estudo feito a pedido da Justiça, pelo engenheiro Wagner Augusto Andreasi, que reconheceu como sendo justo o pagamento de R$ 35.059,48/ mês. Aleixo argumenta, no laudo, que discordava de uma série de dados apresentados no estudo de Andreasi.Ele contesta a planilha de custos, citando que havia produtos com preços inferiores aos praticados no mercado, além de faltar a média de lucro de 8 a 15% pelo empreendimento, que foi edificado especialmente para sediar a Câmara. Também faltou comparativo com outros imóveis comerciais na região, segundo o perito contratado pela Haddad. A avaliação do risco do empreendimento também não teria sido considerada, conforme Aleixo. Segundo ele, o custo com a construção totalizou R$ 3,4 milhões e o valor total do empreendimento, incluindo o terreno, seria de R$ 4,5 milhões. No estudo de Andreasi, o valor apontado para o terreno é de R$ 443 mil e a edificação foi de R$ 1,5 milhão, para a edificação de um prédio com 3,7 mil metros quadrados de área construída. A pavimentação do estacionamento custou R$ 62,9 mil, as instalações telefônicas foram R$ 39 mil e o sistema de ar condicionado custou R$ 232 mil.