Mais de cinco quilômetros de trilhos da região de Ponta Porã já foram furtados desde que a malha ferroviária entre Campo Grande e aquela cidade fronteiriça com o Paraguai foi desativada em novembro de 2002 pela Novoeste. A constatação foi feita esta semana pelo presidente do Sindicato dos Ferroviários de Mato Grosso do Sul, Valdemir Vieira, que juntamente com outros diretores, percorreu a linha para verificar as condições de abandono das estações, máquinas, vagões e outros equipamentos da rede que estão entregues ao abandono.Valdemir Vieira soube também que muitos dos trilhos furtados estão indo parar no comércio de ferro-velho em Ponta Porã.“A situação é de calamidade. O abandono é total do patrimônio público. O governo deveria tomar uma atitude para impedir o sucateamento dos equipamentos, que têm um valor inestimável”, comentou Valdemir indignado com a situação.A diretoria do sindicato percorreu, durante dois dias, toda a linha entre Campo Grande e Ponta Porá, e constatou que a situação mais grave está naquele município fronteiriço e em Maracajú.No dia 16 de abril será realizada uma audiência pública em Ponta Porá para discutir o problema da desativação e somar forças com a sociedade local e do Estado para reverter esse processo. Representantes da Rede Ferroviária Federal S/A e da Novoeste foram convidados para participar do evento, que contará com presenças de autoridade do judiciário, especialmente do Ministério Público. O sindicato deverá formalizar pedido a esse órgão para responsabilizar criminalmente os responsáveis pelo abandono da malha ferroviária.Valdemir Vieira pede para que toda sociedade, principalmente aqueles segmentos representados por entidade de classe como a Ordem dos Advogados do Brasil
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