Uma juíza americana ordenou nesta quinta-feira a interrupção do programa de escutas telefônicas extrajudiciais colocado em prática pelo presidente George W. Bush para lutar contra o terrorismo, alegando que o chefe de Estado extrapolou seus poderes. A juíza federal Anna Diggs Taylor emitiu uma ordem que proíbe o programa de vigilância terrorista, usado para monitorar milhões de cidadãos americanos. "Nunca foi a intenção dos artífices (da Constituição) outorgar ao presidente um controle sem limites", escreveu Taylor em seu veredicto de 44 páginas. A juíza respondeu a uma solitação apresentada ao tribunal federal de Detroit (Michigan, norte) por organizações de defesa das liberdades civis contra a Agência Nacional de Segurança (NSA), a pedido de jornalistas, advogados, professores e outros trabalhadores que alegavam que não podiam desenvolver seu trabalho por medo que suas comunicações fossem monitoradas.