Advogados da Organização Não Governamental (ONG) Terra de Direitos e de outras instituições de Direitos Humanos vão ingressar segunda-feira, em Brasília, com um pedido de habbeas corpus preventivo junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a intenção de evitar que o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim, seja detido novamente.
A prisão preventiva de Amorim foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco sob a alegação de que o líder do MST seria responsável pelos danos causados ao patrimônio público quando participou de um protesto contra a guerra do Iraque, em novembro do ano passado. A manifestação ocorreu em frente ao consulado dos Estados Unidos, no centro do Recife, e reuniu um grupo de 200 trabalhadores rurais.
Na ocasião, o prédio do consulado foi apedrejado e pichado com tinta vermelha. A assessoria de imprensa do MST informou que o pedido de prisão de Jaime Amorim foi feito pela diretoria do consulado norte-americano, em carta encaminhada ao secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda. Amorim está em Roraima, onde participa de jornada de ocupações de terras, e deve retornar a Pernambuco na próxima semana, segundo informou o movimento.