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Israel confirma fim de ação militar no norte de Gaza

15 outubro 2004 - 19h00

Israel anunciou hoje a retirada de tropas do norte da faixa de Gaza. Mais de cem palestinos, incluindo crianças e adolescentes, morreram durante os 16 dias da ofensiva militar Dias de Penitência na região, de acordo com fontes médicas palestinas. Durante o mesmo período, palestinos mataram três israelenses e um trabalhador tailandês. Raanan Gissin, porta-voz do premiê israelense, Ariel Sharon, confirmou nesta sexta-feira a retirada das tropas, uma das maiores ações israelenses em quatro anos de conflito.Testemunhas palestinas disseram que todos os 200 tanques e veículos blindados israelenses saíram da região. A ofensiva começou em 29 de setembro depois que um foguete matou duas crianças israelenses na cidade de Sderot, perto da faixa de Gaza. Oficiais do Exército israelense afirmaram que a ofensiva tinha por objetivo interromper o lançamento de foguetes Qassam [de fabricação caseira] feito por militantes palestinos contra cidades israelenses. Ramadã O porta-voz de Sharon disse que o Exército reposicionou as tropas fora das áreas onde "não há mais ameaças" de militantes lançarem foguetes contra Israel, mas que as forças retornarão caso os ataques recomecem. "Nós vamos nos mover e agir sempre que sentirmos que há ameaça de foguetes", disse Gissin. O vice-ministro da Defesa de Israel, Zeev Boim, disse mais cedo que o reposicionamento de tropas se deveu, entre outras coisas, ao início do Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico]. Segurança reforçada Nesta sexta-feira, o governo israelense reforçou a segurança em Jerusalém no primeiro dia do Ramadã Milhares de muçulmanos rezavam nesta sexta-feira na Esplanada das Mesquitas, na parte velha de Jerusalém (capital nacional e sede do governo de Israel), sob forte vigilância da polícia israelense. Policiais e guardas das fronteiras foram enviados à cidade onde controlam nas ruas que dão acesso à Esplanada das Mesquitas a identidade das pessoas.

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