Os índios que ocupam cerca de 14 fazendas na região de Japorã, na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, estão reunidos neste momento, na sede da fazenda São Jorge, em Japorã, com indigenistas ligados à Funai, de Brasília e podem decidir por deixar a área ainda hoje, antes que expire o prazo dado pelo juiz federal Odilon de Oliveira para a reintegração da posse aos fazendeiros. O jornalista Eduardo Palomita, do Dourados News/Rádio Grande FM, que permanece desde domingo na área de conflito, disse há pouco que os índios estão conversando com o antropólogo Cláudio Romero e os auxiliares dele, Edson Beiriz e Tiago Garcia, e permanece o clima de insegurança quanto às dimensões do aparato policial à disposição da Polícia Federal em caso de um confronto armado. Daqui a pouco também, na fazenda Gralha Azul, próximo ao município de Tacuru, acontece uma reunião dos fazendeiros com dirigentes da ONG "Recovê" (que defende os produtores rurais) para definir a estratégia a ser adotada. O bloqueio da estrada que dá acesso a Japorã, conforme havia sido prometido, acabou não acontecendo.