O indígena Cláudio Espíndola da Silva, que foi beneficiado ontem à tarde com uma indenização de R$ 1.200,00 pela empresa Debraz, onde trabalhou durante 15 anos, desde os 12 anos de idade, disse que vai comprar um lote para poder plantar na própria Reserva Indígena. Ele tem dois filhos, um de quatro e outro de dois anos de idade. Um lote na aldeia está custando entre R$ 300,00 e R$ 350,00.Cláudio foi um dos quase 500 indígenas que tiveram oportunidade de participar das audiências promovidas pela Justiça do Trabalho no Núcleo de Atividades Múltiplas (NAM) da Unigran, construído na aldeia Jaguapiru, graças ao trabalho integrado com todos os segmentos interessados em aproximar a cidadania e o acesso à Justiça àquela comunidade. O advogado Ismael Ventura, que representou Cláudio e atuou em várias outras ações, disse que foram obtidos bons acordos ao longo do ano. O juiz presidente do Foro Trabalhista de Dourados, Francisco das Chagas Lima Filho, destacou a parceria com a Unigran e considerou bastante significativa a compreensão do Ministério Público do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho em participarem dessa iniciativa, pioneira em todo o País, e que ajudou a reduzir as dificuldades enfrentadas pelos índios no mercado de trabalho.