Guaranis e caiovás da Reserva Indígena Tey Cuê, em Caarapó, na região de Dourados, fazem do artesanato, da agricultura, da dança, da música e até do futebol extensão das salas de aula, onde os alunos aprendem a ler e a escrever em guarani, estudando com professores índios da aldeia. São 80 crianças e adolescentes do Projeto Poty Reñoi (flores desabrochando), lançado em 2001 pelo Programa Kaiowá/Guarani, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em parceria com a prefeitura de Caarapó e com o governo de Mato Grosso do Sul, para combater a evasão escolar entre os 816 alunos da escola municipal da reserva. O projeto estuda a história, pesquisa a cultura e resgata as tradições dos caiovás e guaranis, cuja população soma cerca de 30 mil índios nessa região de Mato Grosso do Sul, na fronteira do Paraguai, que eles cruzam de mudança definitiva ou para visitar os parentes. Nas terras de Caarapó vivem mais de 600 famílias das duas etnias, com quase 4 mil homens, mulheres e crianças numa área de 3.594 hectares.