O frigorífico Independência recusou a proposta feita pelos credores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais e Goiás, no último dia 6 de agosto de pagamento de 100% da dívida com os 1.524 pecuaristas na ordem de R$ 194 milhões, com juros e correção nas dívidas.
A proposta do Frigorífico continua sendo de pagamento sem carência, com pagamento à vista e sem descontos até R$ 80 mil, o que beneficia 64% dos pecuaristas e o restante da dívida parcelada em 36 meses. A alegação da indústria é a de que falta "caixa" e que o grupo precisa de capital de giro para voltar a funcionar e gerar caixa para pagar os demais credores.
Para o superintendente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Luciano Vacari, "se eles não aceitam nossa proposta nós também continuamos não aceitando o plano de recuperação deles". Ele disse que ainda que "o pecuarista não vai aceitar colocar gado bom em uma operação de risco como essa apresentada por eles. Eles querem o boi do pecuarista para rodar a empresa e fazer capital de giro?".
Ele alerta os pecuaristas para ficarem atentos ao prazo para se fazer objeção ao Plano, pois é muito importante a união de todos durante a Assembleia Geral que fatalmente irá acontecer. "Eles continuam com a manobra de pagar os credores com crédito até R$ 80 mil, por acreditarem que com a maioria dos votos que esse montante representa (64% dos pecuaristas), o plano do jeito que esta será aprovado facilmente. Mas, nós não vamos permitir que isso aconteça. O produtor está consciente e sabe da importância dessa união", afirma Vacari.
O plano de recuperação judicial conjunto do Frigorífico Independência S.A. e Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda., empresas do mesmo grupo, foi apresentado em juízo no dia 13 de julho de 2009, tendo sido publicado no Diário Oficial no dia 15 de julho 2009. Os credores das empresas que não concordarem com os termos do Plano terão até o dia 15 de agosto para apresentar objeção.
O assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini Candia, lembra ao pecuarista que o pedido de objeção ao plano deve ser feito de forma individual e encaminhado ao juiz na comarca de Cajamar (SP) onde está o processo. "A petição de objeção é bem simples. O pecuarista só precisa informar que não concorda com o plano, alegando que o prazo é muito extenso, ou que não concorda com a discriminação ou tratamento desigual entre os pecuaristas, no caso privilegiando quem tem créditos menores que R$ 80 mil, e outros pontos que o credor achar conveniente, até mesmo com o crédito que tem a receber", explicou.
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