“Primeiro foi a Globo. Agora a revista Veja.” O desabafo é da assessoria de Comunicação Social da prefeitura de Iguatemi ao tomar conhecimento de um artigo publicado na edição de 21 de janeiro da referida revista. O artigo, publicado na coluna Ensaio, assinada pelo jornalista Roberto Pompeu de Toledo, afirma equivocadamente que as terras invadidas por índios guaranis-caiuás localizam-se no município de Iguatemi. Japorã, berço da invasão, nem é citada no artigo. “Índios guaranis-caiuás continuavam a ocupar, até quinta-feira passada, fazendas em Iguatemi”, introduz a matéria. Além do equívoco em relação à geografia da área invadida, Toledo cometeu uma falta ainda mais grave, na visão da administração de Iguatemi, que foi a de fazer comentários depreciativos e maldosos ao nome da cidade, relacionando-a a episódios do século XVIII quando ergueu-se na região o hoje conhecido Forte Iguatemi, na verdade, Forte Nossa Senhora dos Prazeres de Iguatemi. O jornalista só esqueceu-se de informar que o Forte também não se localiza no município de Iguatemi. Ele tece ainda comentários sobre o episódio da tomada do Forte pelos índios, a mando dos espanhóis. A lembrança do episódio, no qual muitos paulistas teriam morrido, teria originado o nome de uma rua em São Paulo, hoje avenida Brigadeiro Faria Lima e dado nome também ao primeiro shopping da cidade, o Shopping Iguatemi. O tom de desprezo fica evidente quando o jornalista afirma que Iguatemi é “sinônimo de tragédia e humilhação.” Ante a informação, a Assessoria de Comunicação enviou imediatamente nota à redação da revista Veja na qual relata a indignação com a qual a matéria foi recebida e cobra providências no sentido de se restabelecer a imagem arranhada. “Não podemos tolerar o descaso que grandes veículos de comunicação às vezes têm por cidades do interior, menosprezando e expondo-as ao ridículo, publicando inverdades, informações sem checar as fontes e causando prejuízos de ordem moral”, justificou o assessor de Comunicação de Iguatemi, Claudinei de Oliveira