A modernização da Hidrovia do Paraguai será implementada a partir de 2004, com uma nova logística de transporte e infra-estrutura, mas não implicará em obras de engenharia, afirmou hoje o superintendente da Ahipar, estatal que administra a via, Fermiano Yarzon. O incremento ao transporte fluvial, conforme garantiu, virá com respeito ao meio ambiente."Vamos promover o desenvolvimento sustentável. Este é o discurso do nosso presidente da República e do governador Zeca do PT, homens ligados à questão ambiental", disse Yarzon. "A hidrovia será potencializada para ser efetivamente o eixo do desenvolvimento sócio-econômico do Mercosul. Isso implica no monitoramento ambierntal", assegurou.A Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai), com sede em Corumbá, já apresentou ao Ministério dos Transportes um plano de trabalho para 2004/2007, onde prevê a reabertura do porto de Ladário, desativado há cinco anos, a implantação da carta eletrônico, que permitirá navegar ininterrupta em águas brasileiras, melhoria da sinalização e dragagem em pontos críticos.Yarzon disse que as perspectivas para a hidrovia são positivas e Mato Grosso do Sul saiu na frente com a instalação do porto de Porto Murtinho, numa parceria entre o governo do Estado e a iniciativa privada. "O transporte fluvial é prioridade do governo federal, isto está claro, e a nova fase da hidrovia virá num momento certo, quando também se discute a reativação da ferrovia (Novoeste)", destacou.Nova posturaAs explanações do superintendente da Ahipar foram feitas durante a reunião do comitê de vias navegáveis da Associação Brasileira das Entidades Portuárias (ABEP), realizada ontem (12) em Corumbá. Participaram do encontro os superintendentes das oito estatais que administram as hidrovias brasileiras, além do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit).O comitê de vias navegáveis da ABEP é presidido pelo superintendente da Administração das Hidrovias do Nordeste (Ahinor), José Oscar Frasão, e se reúne trimestralmente para discutir políticas para o setor e integração do sistema intermodal. A reunião de Corumbá tratou, principalmente, do novo gerenciamento para as hidrovias e questões burocráticas ainda pendentes com o Dnit.