A greve dos médicos peritos do INSS completa 41 dias sem uma solução à vista. A negociação entre os grevistas e o governo federal para acertar o plano de cargos e salários está praticamente parada. O Ministério do Planejamento calcula em R$ 296,00 milhões o gasto para pagar a reivindicação dos grevistas nos próximos dois anos. Em todo o país, a greve prejudica milhares de segurados. Muitos deles estão impedidos de voltar a trabalhar simplesmente porque não têm a assinatura que libera e confirma o fim da licença. Em 40 dias de greve, milhares de segurados não conseguiram ser atendidos. O Ministério da Previdência admite que 100 mil processos estão parados. Já para a associação dos médicos em greve, esse número chega a 500 mil. Estão parados, por exemplo, os processos de concessão de aposentadoria por invalidez e a renovação dos benefícios que dependem da perícia. Para evitar o caos, o INSS manteve o pagamento de quem já estava recebendo, mas a greve impede quem já recebeu alta de voltar ao trabalho. Em boa parte dos postos do país, os pacientes só conseguem marcar a data da perícia. Mas é importante que todo segurado dê entrada no processo. Só assim ele garante que vai receber os pagamentos depois da greve. A paralisação dos médicos peritos é pelo aumento do salário e pelo fim dos médicos credenciados que hoje atendem metade dos pedidos de benefício.