Foi o sonho de comprar uma casa de R$ 35 mil que levou um auxiliar administrativo que não quer se identificar a tentar um empréstimo com uma empresa desconhecida. O contato foi feito por telefone. A atendente exigiu um depósito de 5% da quantia: R$ 1.750 que saíram do cheque especial. “Passados três dias, ela me liga dizendo que não poderia ser feito o empréstimo. Tentei pegar o meu dinheiro de volta ela me disse que só seria possível depois de 200 meses”, disse ele. Sem empréstimo e com uma dívida no banco, não deu pra comprar a casa e nem mais para pagar o aluguel. A família hoje mora de favor com um parente. O golpe começa nos classificados. Anúncios prometendo dinheiro fácil, sem exigência de fiador e mesmo pra quem tem nome sujo na praça. Tanta facilidade atrai quem está com dívidas ou tem um sonho de consumo. Pessoas que acabam concordando em dar dinheiro, justamente quando precisam dele. “Nenhuma instituição estabelecida no mercado tem como norma exigir qualquer quantia na prestação de um empréstimo. Isso não acontece”, disse o delegado Fernando Vilapouca. O Banco Central recebeu 144 denúncias de golpes desse tipo em todo o Brasil só nos três primeiros meses do ano. Para se proteger, o consumidor deve desconfiar de: -Empréstimos a juros muito baixos ou ausência de juros. -Dinheiro rápido sem consulta ao SPC nem ao Serasa. -Empresas desconhecidas, geralmente de outro Estado, que mantém contato apenas por telefone.-Ausência de contrato. E o consumidor nunca deve fornecer dados por telefone. Segundo a polícia do Rio, nenhuma vítima desse tipo de golpe conseguiu reaver o dinheiro.