Os gestores dos hospitais Evangélico, Paulo Roberto Nogueira, Santa Rita, Maria Izabel de Aguiar, e do Hospital Universitário, Dinaci Marques Ranzi, defenderam, em debate realizado sábado passado com os estudantes do curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar da Unigran, novas formas para incrementar os serviços, com técnicas de planejamento e marketing que possibilitariam melhor atendimento ao público usuário do sistema de saúde do município de Dourados. O debate foi coordenado pelo professor Marcelo Koche, que é também o diretor da Faculdade de Ciências Exatas da Unigran.A administradora Dinaci Marques Ranzi, que trabalha na área há 12 anos, disse que o paciente não vai para os grandes centros em busca de conforto, “mas sim a procura de profissionais qualificados e os médicos de Dourados ainda não conseguiram conquistar a confiança dos seus clientes”. Ela também destacou a importância do curso de Pós-graduação em Administração Hospitalar implantado pela Unigran. “Com certeza, vai beneficiar a cidade de Dourados, formando grandes profissionais e contribuindo com os avanços nos serviços hospitalares”, afirmou.Para a economista Maria Izabel de Aguiar, administradora do hospital Santa Rita, o essencial é a qualidade do serviço. “A falta de planejamento de custos, de pesquisa e de criação de serviços avançados são alguns dos problemas que prejudicam uma boa administração”, observa. Ela acredita que os hospitais não têm que ter somente um bom profissional, mas também uma boa hotelaria e atendimento especializado. Há 33 anos trabalhando nesta área, ela diz que sente-se completamente realizada. “Minha única angústia é quando perco um paciente”, conclui.O engenheiro Paulo Nogueira, administrador do Evangélico há 12 anos, afirmou que os hospitais primeiramente devem transmitir confiança aos pacientes. Disse também que há sobra de leitos em Dourados, tese compartilhada pela administradora do Santa Rita, em função do processo de ‘desospitalização’ gerado a partir do surgimento de programas alternativos como o PSF (Programa Saúde da Família), criado na década de 90 e que proporciona o atendimento domiciliar. “Por isso, temos que estar atentos a essas modificações, criando novas soluções, sem ter medo de errar”. O diretor lembra também que o SUS (Sistema Único de Saúde) paga um valor muito baixo pelos procedimentos, o que acaba trazendo prejuízo para o hospital, razão pela qual algumas seguradoras estão assumindo essas funções.Enquanto em outras cidades do Estado e até do País existe a falta de leitos, em Dourados o processo é inverso, e mais freqüente nos hospitais particulares, pois os pacientes buscam atendimento em outros centros como Campo Grande ou Curitiba. Durante o debate, essas e outras questões foram levantadas, e a principal conclusão dos participantes é a de que a melhor saída seria mesmo uma reavaliação do sistema, com estudos de adequação e maior qualificação dos profissionais da área da saúde. Na opinião do professor Marcelo Koche, os convidados colocaram de forma clara as dificuldades de se administrar um hospital, da captação de recursos, o controle e sua distribuição. “Além do mais, os alunos puderam aumentar seus conhecimentos, a distância entre eles e os gestores diminuiu, e viram ainda como não é fácil tomar conta de um hospital”, comentou o coordenador. Marcelo disse ainda que o próximo debate deve envolver gestores da área de comércio.
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