O volume de chuva registrado nos últimos dias na região Centro-Sul de Mato Grosso do Sul causou estragos de proporções dramáticas, capazes de tirar a tranqüilidade da população e por em alerta as autoridades municipais,estaduais e federais.
“Guardadas as proporções, o que a nossa população vive aqui é muito próximo do que viveram as famílias de moradores da região de Angra dos Reis ou das cidades gaúchas que enfrentaram uma temporada de chuva anormal. A diferença é que não estamos em um estado como o Rio de Janeiro, nem as nossas cidades têm o glamour ou o PIB daquela região carioca. Entretanto, o drama das famílias sul-mato-grossenses atingidas pelas chuvas não difere em nada do que aconteceu lá”, diz o deputado Geraldo Resende.
De acordo com os registros dos institutos meteorológicos, o volume de chuva que caiu em cidades como Aquidauana, Novo Horizonte do Sul e Ivinhema está bem acima do que se considera normal para essa época do ano. O estrago causado pela força das águas é maior para a população de Novo Horizonte do Sul na medida em que a principal via de ligação rodoviária da cidade com o restante do Estado, a MS 475, foi interrompida em três pontos diferentes.
“No último sábado, eu e o Moka, que estamos percorrendo os municípios da região Sul do Estado, por muito pouco não ficamos ilhados, como a maior parte da população está agora. Nós havíamos acabado de passar por um trecho da rodovia, quando a intensidade da água levou o asfalto”, relata o deputado Geraldo.
Em vista do drama vivido não só em Novo Horizonte, mas também em Ivinhema e Aquidauana, o deputado Geraldo Resende, em comum acordo com o deputado Moka, atual coordenador da bancada federal de MS, decidiram convocar uma força tarefa que envolva todos os parlamentares federais para percorrer os ministérios afins (da Integração e das Cidades, por exemplo) e obter a ajuda necessária para reduzir o sofrimento das comunidades mais prejudicadas pelo rigor das chuvas em MS.
“Nossa intenção é mostrar aos ministros e ao governo federal que, da mesma forma como o presidente Lula está dedicando uma justa atenção aos desabrigados do Haiti, de Angra dos Reis e do Rio Grande do Sul, é preciso voltar os olhos e a atenção para o interior do nosso estado. As próximas Medidas Provisórias editadas pelo governo federal para socorrer vítimas de catástrofes naturais deverão contemplar também as cidades do Mato Grosso do Sul que enfrentam esse tipo de problema”, defende Geraldo.
Além disso, diz o deputado, é preciso vencer a burocracia e providenciar a liberação, em caráter de emergência, de recursos que permitam às prefeituras municipais socorrer a população e realizar obras que contenham ou reparem os estragos causados pelo mau tempo nas suas cidades.
O deputado fez questão de informar que a assessoria dele, em Brasília, já fez contato com os ministérios que atuam mais diretamente nas áreas de enfrentamento desses problemas e já agendou várias reuniões que devem acontecer nas próximas semanas. “Esse é o nosso papel e nós não podemos fugir dele. É nossa responsabilidade mostrar força e poder de articulação
nesse momento para ajudar as prefeituras a garantir o atendimento digno à população vitimada e, principalmente, a recuperação rápida das áreas comprometidas pela intensidade das chuvas.