O desembargador Edgard Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, negou pedido de liminar da ONG Nuances - pela Livre Orientação Sexual, que requeria a devolução da verba dada pelo Ministério da Cultura à ONG Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade.
A divergência entre as duas entidades provocou uma situação inédita na capital gaúcha, com a realização de duas paradas em comemoração ao Dia Mundial do Orgulho Gay: uma promovida pela Nuances, no início de junho, e a outra, no último domingo, 19, pela Somos.
A controvérsia jurídica entre os dois grupos começou depois de o Ministério da Cultura selecionar o grupo Somos para receber verbas da administração federal para projetos e para a parada. Foram selecionados 35 projetos que receberam verbas de R$ 5 mil a R$ 200 mil; entre eles, a Parada do Orgulho Gay 2005.
Segundo o Ministério da Cultura, a Nuances foi desclassificada por estar inadimplente com o Ministério da Saúde e, por isso, não poderia participar do edital. Entretanto, os diretores do grupo contestaram a acusação, argumentando que a ONG está em dia com o órgão e, inclusive, recebeu verbas para aplicação em campanhas contra a aids.