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Gás e energia como moeda de troca para tratamentos em MS

14 dezembro 2009 - 09h08

A sobrecarga que os atendimentos de paraguaios e brasiguaios causam em municípios brasileiros de fronteira é uma realidade também no Mato Grosso do Sul, que já realizou até transplantes de órgão em estrangeiros que atravessaram a fronteira em busca de tratamento.

– Temos 16 municípios nas regiões de fronteira, dois do lado boliviano e 16 no paraguaio, onde a fronteira é seca, logo de fácil acesso. Nós somos obrigados a atender por uma questão de ética médica – afirma o diretor-geral de Atenção à Saúde do MS, Antonio Lastoria. – Muitos pacientes renais e de oncologia nos procuram e no decorrer do tratamento acabam chegando à capital, Campo Grande.

Segundo o secretário, nos casos de transplantes intervivos já realizados em estrangeiros no estado, o Ministério Público foi informado para comprovar a inexistência de tráfico internacional de órgãos.

– Cerca de 20% do nosso atendimento é para estrangeiros. A maioria faz a intervenção de emergência e volta para a casa no país de origem porque sabe que vai ter dificuldades no caso de uma possível internação.

Na opinião de Lastoria, o Brasil deveria fechar com Bolívia e Paraguai acordos semelhantes ao que foi fechado com o Uruguai na semana passada. E para tanto, até mesmo troca de energia da Itaipu no Paraguai e de gás com a Bolívia poderiam ser usados nas negociações.

Já no Mato Grosso, um acordo informal entre o governador do estado, Blairo Maggi, e o governador de Santa Cruz, estado boliviano, tem proporcionado o atendimento de bolivianos, principalmente os que vivem em São Matias, município distante 90 km de Cáceres, cidade matogrossense com estrutura hospitalar mais próxima da fronteira. A informação é do diretor do Hospital Regional de Cáceres, Duda Barros.

Para Barros, se for considerada a situação do Mato Grosso, o Brasil não deve se preocupar em fechar acordo bilateral com a Bolívia porque o atendimento a bolivianos corresponde a apenas 2% dos atendimentos feitos no estado. E os mesmos não têm trazido impacto financeiro.

O diretor, no entanto, destaca que o hospital de Corumbá recebe praticamente todos os dias bolivianos que trabalham como mulas do tráfico e que passam mal porque transportam a droga no estômago.

Apesar de ser em uma escola infinitamente menor, o Acre também tem recebido estrangeiros em busca de tratamento. A secretaria de saúde do estado não sabe precisar quantos atendimentos ambulatoriais são feitos regulamentente. Mas as internações, por sua vez, são registradas. Foram 356 entre o ano 2000 e 2007, sendo 220 de bolivianos.

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