O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, concederá entrevista coletiva às 17h, no Hotel Naoun, para comentar a reunião que teve com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas divulgou uma nota com duras críticas à imprensa e ao governo federal.
"Por que se tornou tão imperioso e inevitável ir ao FMI e contrair novo empréstimo, aumentar nossa dívida e aprofundar nossa vulnerabilidade externa? Que economia é essa que não consegue fechar seu balanço? Por que comemorar o empréstimo, se ele é revelador do fracasso de uma política econômica teimosa que nos aflige há mais de oito anos?"
Garotinho afirmou que está em curso uma tentativa de desmoralizar o processo eleitoral, desfigurar a democracia representativa e frustrar o eleitorado brasileiro. "O povo quer mudança, mas o governo, derrotado, quer sobreviver no futuro governo da oposição impondo ao próximo presidente as amarras de sua política monetária monitorada pelo FMI e pelo banca internacional. O Partido Socialista Brasileiro e seu candidato não têm compromisso com essa política. Nós a combatemos".
O candidato do PSB lamentou "a trágica necessidade do empréstimo" e afirma que não aceitará qualquer medida que implique em aumentar o sofrimento do povo brasileiro. "Nada que ponha em risco nossas metas de crescimento econômico, nada que impeça e reinvestimento das estatais brasileiras, nada que nos obrigue a novas privatizações. Igualmente não aceitamos condicionantes com relação à Alca que não atende aos interesses brasileiros nos termos em que está colocada".
A nota prossegue declarando que nenhum acordo firmado pela atual administração pode comprometer o futuro governo, se o povo brasileiro escolher um candidato de oposição.