Os dados divulgados há 10 dias pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) mostram que as ações do poder público nas aldeias de Mato Grosso do Sul também vêm tendo bons resultados. Na Reserva Indígena de Dourados, área onde moram pelo menos 12 mil índios, os números revelam que de janeiro a julho deste ano houve uma redução de 26,5% na mortalidade infantil, comparado com os índices do ano passado, informa o jornal Diário MS. Segundo os dados da Funasa, o índice de mortalidade infantil na reserva, que era de 36,7 para cada mil nascidos vivos em 2004, caiu para 26,6 até julho. Em Amambai, município com a segunda maior concentração de índios de MS, apresentou queda de 10% mortalidade de crianças índias. O índice em Amambaí, que era de 68,2 óbitos para cada mil nascidos vivos, despencou para 61,1%. Já em Caarapó, onde 34,6 crianças índias morriam a cada mil nascidos vivos, este índice caiu para 29,4, o que representa uma redução de 15% no número de óbitos.Os únicos pólos na região sul do Estado que tiveram aumento nos índices de mortalidade infantil foram Tacuru e Antônio João. Em Tacuru, o aumento foi de 9%, o que corresponde 40 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas. Já em Antônio João, o crescimento da mortalidade infantil indígena chegou a 238%, passando de 16,9 óbitos para 57,1 para cada mil nascidos vivos.Entretanto, a Funasa atribui o aumento “gigantesco” na mortalidade infantil indígena em Antônio João as péssimas condições de moradias, já que os índios vivem a beira da rodovia MS-386 desde dezembro do ano passado, quando foram despejados de três fazendas da região. Outra explicação do órgão é de que a população indígena em Antônio João é bastante pequena, sendo que um óbito infantil interfere no consideravelmente no indicador.Segundo o coordenador regional da Funasa, Vanderley Guenka, houve uma queda nos números de óbitos em quase todos os pólos do Estado, fato que comprova a melhora nos serviços assistenciais e de saúde executados nas aldeias de todo o MS. “Se comparado com os índices de morte de crianças brancas, o número de óbitos ainda é grande. Entretanto, diante do quadro atual este é um indicativo fantástico para os órgãos que trabalham na saúde indígena. É uma queda considerável. A nossa é fechar o ano com índices de mortalidade ainda menores”, disse.Os dados da Funasa mostram ainda que mortalidade infantil indígena nos sete primeiros meses deste ano é a menor desde 1999. O índice estadual, que era de 60,5 para cada mil nascidos vivos em 2004, caiu para 38,13 de janeiro até julho