Os soldados do Exército que serão enviados ao Rio de Janeiro, provavelmente a partir da semana que vem, não subirão nos morros e favelas da cidade, segundo as Forças Armadas. "Isso é atribuição da polícia", disse o chefe do Centro de Comunicação do Exército, general Augusto Pereira. Segundo ele, as polícias civil e militar do Rio seriam as responsáveis pelas operações nas favelas. A idéia é que as tropas federais façam patrulhamento ostensivo nas ruas da cidade para impedir a circulação de bandidos e traficantes. Os homens das Forças Armadas poderiam também cercar de oito a dez favelas consideradas mais perigosas pelo governo do Estado.Só devem ser utilzadas soldados do Exército residentes no Rio de Janeiro e a idéia é que os militares fiquem na cidade até o final do ano, quando entrará em vigor o batalhão de ocupação permanente da Polícia Militar . "Acho que é inócuo, vai se criar uma sensação de segurança temporária e não vai se resolver o problema da violência. Segurança Pública se resolve com políticas sociais e inteligência", criticou o sociólogo Inácio Cano da Universidade do Estado do Rio. Os ministros José Viegas (Defesa), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Aldo Rebelo (Articulação Política) estarão no Rio de Janeiro na segunda-feira para definir os últimos detalhes da operação. Os ministros vão se reunir com a governadora Rosinha Matheus e com a cúpula da Segurança Pública do Estado. O Ministério da Defesa aprovou na quarta-feira o envio de tropas federais para o Estado após o pedido, no mês passado, da governadora Rosinha. Cerca de 5.600 militares estão sendo preparados para ajudar a polícia a combater o confronto entre narcotraficantes, que matou 12 pessoas em todo o Estado em abril. Tropas federais já foram enviadas para o Rio nas eleições de 2002 e durante o Carnaval do ano passado.
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