Há 25 anos, precisamente no dia 3 de dezembro de 1978, o Flamengo conquistava mais um título estadual. Mas aquele não seria um título qualquer, o futuro mostraria que se tratava da primeira conquista de uma geração que chegaria ao auge com as conquistas da Libertadores e do Mundial Interclubes, em 1981. Quis o destino que o herói da decisão contra o Vasco fosse um zagueiro: Rondinelli, que receberia o apelido de "Deus da Raça". O gol entrou para a história e agora será imortalizado, pois foi transformado em filme a ser lançado em pré-estréia nesta quarta-feira, no Maracanã.A idéia de transformar em filme uma conquista importante no futebol não é novidade. Aliás, este ano o estádio das Laranjeiras se transformou em set de filmagem para reviver a vitória da seleção dos Estados Unidos sobre a Inglaterra, na Copa de 50. Este ano também, na Alemanha, uma das produções que mais gente levou ao cinema é justamente o filme que conta a história do título alemão na Copa de 54, na Suíça, ante à então poderosa seleção húngara. A novidade está justamente em ser uma coisa feita por brasileiros, tradicionalmente um país que esquece seus heróis.A idéia de fazer um documentário sobre a vida de Rondinelli partiu da dupla Pedro Asbeg e Felipe Nepomuceno, que por sinal batizaram o filme de O Deus da Raça. "Nós dois somos torcedores do Flamengo e eu sempre falava para o Felipe que deveríamos fazer um filme sobre aquele gol. Quando decidimos fazer o documentário, o Rondinelli se mostrou solicito e nos ajudou muito ao contar a história de sua carreira", explica Pedro.O cineasta faz questão de lembrar que a pré-estréia será apenas para convidados. "Gostaríamos de poder abrir para todo mundo, mas o local onde o filme será exibido (o auditório do Estádio Célio de Barros) é pequeno e não há como atender a todos os pedidos que nos foram feitos", desculpa-se Pedro.