O presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu nesta terça-feira (25/08), durante debate público no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), sobre a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem a diminuição dos salários, o adiamento para o próximo ano da discussão sobre o assunto. “Este não é um bom momento para tratar desse tema, já que o setor produtivo começa a emitir sinais de recuperação e não deve ser onerado com uma medida sem fundamento”, analisou, argumentando que a mudança prevista é inoportuna e inadequada.
Segundo Sérgio Longen, o melhor caminho a ser seguido no momento é deixar essa discussão para depois do período eleitoral do próximo ano. “A indústria tem papel estratégico no processo de recuperação econômica e, além disso, essa PEC está sendo inserida no ambiente de um ano pré-eleitoral”, esclareceu, completando que a tentativa de implementar as medidas da PEC caminham na direção contrária a todas as medidas até agora tomadas pelo Governo Federal e também pelos governadores direcionadas a reduzir a carga tributária para impedir o desemprego e manter a produção.
“Estamos preocupados com a manutenção dos empregos dos trabalhadores. Ninguém vai conseguir arcar com os custos desta Proposta, sem promover reajustes no seu quadro funcional”, avisou o presidente da Fiems, completando que está errado reduzir a jornada pela via da imposição legal, pois vai equiparar uma pequena empresa de confecção a uma empresa intensiva em capital. Agora pela manhã, Longen participou, juntamente com os demais presidentes de federações das indústrias de outros Estados, da reunião do presidente da CNI, Armando Monteiro, com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer.
Logo em seguida, Michel Temer deu início à comissão geral ressaltando a importância do Poder Legislativo no momento em que se debate um tema tão polêmico e que gera posições naturalmente diferentes, fruto da diversidade de opiniões. "Estamos vendo as vibrações nos corredores da Câmara, mas aqui dentro precisamos debater o assunto do ponto de vista técnico", disse, fazendo referência às dezenas de trabalhadores e representantes de sindicatos, que lotam as galerias e as dependências da Câmara para assistir ao debate.
Para Temer, o papel do Congresso Nacional será o filtrar essas discussões e tentar produzir um entendimento. O presidente ponderou que tanto os defensores das 40 horas quanto os das 44 horas pensam no desenvolvimento do País, e os argumentos de ordem prática devem prevalecer. "Queremos ouvir os especialistas, com argumentos de ambas as partes, e transformar este plenário no centro dos debates sobre temas de importância nacional", disse. O presidente Longen está acompanhado pelo diretor José Francisco Veloso Ribeiro.
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