A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), com o apoio da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), realiza entre os dias 8 e 11 de outubro o III Encontro de Trabalhadores(as) em Educação Aposentados(as) da Região Centro-Oeste. O evento acontece no Hotel Concord, em Campo Grande, a partir das 14 horas de amanhã, e tem como principais objetivos fortalecer a organização dos trabalhadores aposentados, construir propostas de luta e políticas contra as reformas do governo Lula que ferem os direitos dos trabalhadores e dar visibilidade às lutas dos trabalhadores e trabalhadoras aposentados(as). Além dos educadores de Mato Grosso do Sul, estão sendo esperados representantes dos sindicatos da categoria em Goiás, Mato Grosso, Tocantins e do Distrito Federal. Durante três dias, os debates vão abordar temas como "O Movimento Sindical, o governo Lula e a nova conjuntura nacional e internacional", e "A CNTE, os trabalhadores e trabalhadoras em Educação e a reforma da Previdência - os caminhos e descaminhos do governo Lula", além de elaborar um plano de lutas para 2003 e 2004. É a primeira vez que se realiza um encontro de aposentados da entidade nacional dos educadores aqui em Mato Grosso do Sul. Em breve, será realizado um encontro nacional desse segmento.A presidenta da Fetems, Mara Carrara da Silva, informa que a Federação tem, ao longo dos anos, empreendido diversas lutas na busca dos direitos dos aposentados, cobrando do governo tratamento igualitário entre ativos e aposentados (a luta contra a reforma da Previdência é um importante exemplo) e representado os filiados em ações coletivas, onde coube esse tipo de procedimento. Ela afirma, porém, que o sindicato tem de ampliar a sua atuação no que diz respeito aos aposentados. Para Mara, é necessário trazer o aposentado novamente para a vida sindical, realizar debates sobre os direitos dos aposentados e pensionistas, promover a retomada da sua auto-estima. "O aposentado tem de sentir-se parte do meio social, por isso temos de derrubar as barreiras dos governos que o tratam como "inativo". Não pode mais acontecer no Brasil a visão de que a pessoa, depois que se aposenta, fica como se não tivesse mais condições de viver, colocada à margem da sociedade como se não tivesse contribuído em nada para a Nação. Os aposentados têm um trabalho fundamental a executar: conscientizar seus filhos, netos e familiares em geral da necessidade de mudar efetivamente o país, construindo um Brasil realmente democrático e justo para todos, o Brasil dos nossos sonhos", diz a sindicalista.