A partir do dia oito de janeiro de 2004, Campo Grande vai entrar no circuito das cidades mais importantes do Brasil para o cinema nacional. O festival vai trazer para Mato Grosso do Sul o que há de melhor e mais representativo da sétima arte. Serão exibidos, neste período, trinta e quatro filmes, entre curtas e longas metragens nacionais e internacionais. Artistas, cineastas, diretores, produtores culturais e roteiristas vão estar em Campo Grande assistindo as exibições e discutindo com o público a produção cinematográfica regional, nacional e internacional. O festival é patrocinado pela Caixa Econômica Federal e tem o apoio cultural do Governo do Estado e da Universidade Católica Dom Bosco. “Os trinta e quatro filmes selecionados para o 1º Festival de Cinema de Campo Grande foram premiados em festivais que são referência para o cinema como os de Brasília, Rio de Janeiro, Gramado, Miami, Berlim e Canes, entre vários outros”, revela Nilson Rodrigues.Os filmes serão exibidos no CineCultura, que fica anexo ao Museu Dom Bosco, na Barão do Rio Branco, 1.793, no centro de Campo Grande. Os ingressos custam R$ 6,00 a inteira e R$ 3,00 para estudantes e funcionários públicos estaduais. (Veja a programação completa no texto em anexo). Serão ao todo vinte e seis filmes nacionais, divididos entre vinte curtas metragens e seis longas metragens. Durante o festival serão exibidos também oito longas metragens estrangeiros. O festival será aberto com o filme “Amarelo Manga”, que tem direção de Cláudio Assis e roteiro de Hilton Lacerda. “Amarelo Manga” ganhou, entre outros, o prêmio de melhor fotografia no 7º Festival Brasileiro de Miami, em 2003. Levou também o Prêmio da Confederação Internacional dos Cinemas de Arte e Ensaio como melhor filme do Fórum do Festival Internacional de Berlim, em 2003. No mesmo ano, “Amarelo Manga” ganhou dez premiações do XIII Cine Ceará nas categorias melhor filme, melhor diretor, melhor ator, para Matheus Nachtergaele, melhor atriz, para Dira Paes, além de ter conquistado ainda os prêmios de melhor edição, trilha sonora, direção de arte e figurino.O festival traz ainda a possibilidade do público se reunir com cineastas e atores consagrados, como Nelson Pereira dos Santos e Jonas Bloch, para discutir temas ligados ao cinema. Um dos debates será “O cinema em sua dimensão cultural e industrial”. Estarão em Campo Grande, entre outros, palestrantes como Sérgio Sanz, diretor do Departamento de Cinema do Ministério da Cultura, Leopoldo Nunes, da Secretaria Nacional para o Desenvolvimento do Áudio Visual e Joel Pizinni cineasta e diretor sul-mato-grossense.O 1º Festival de Cinema de Campo Grande vai premiar também dois curtas metragens nacionais, selecionados por dois júris, um popular, formado pelas pessoas que assistirem aos filmes e o júri oficial. Neste participam Fernando Camargo, representando a Caixa Econômica Federal, a patrocinadora do evento, a jornalista Tereza Hilcar, o jornalista e crítico de arte Oscar Rocha, Ronaldo Catatau, da Secretaria de Cultura do Estado e o escritor Hermano Mello. Eles vão escolher o melhor curta metragem entre os 20 filmes concorrentes.O CineCultura reabre ao público no dia oito de janeiro. A sala passa por reformas que incluem, entre outras melhorias, o aperfeiçoamento do sistema de som e de ar condicionado.