Após decretada a falência da Parmalat no último dia 27, iniciou-se uma crise nos preços do leite em todo o Brasil. Em Mato Grosso do Sul, que possui cerca de 28 mil produtores de leite, a preocupação não chega a ser tão significativa, pois existem poucos laticínios fornecedores do produto para a empresa, concentrados principalmente na região nordeste.Apesar do Estado produzir 450 milhões de litros por ano, não sendo considerado um grande produtor de leite, "tudo que refletir no Brasil, refletirá em também em Mato Grosso do Sul", foi o que afirmou o diretor secretário da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar da Silva Júnior, que também explica que falência da Parmalat ainda não gerou nenhum reflexo direto, e que o atual preço baixo do leite é devido ao período de entresafra. Em um panorama geral, o Estado será pouco afetado, pois "a produção vendida a Parmalat é insignificante", completou Ademar.Uma conseqüência que certamente ocorrerá, é a super oferta do leite, apontada pelo Coordenador da Câmara Setorial do Leite de Mato Grosso do Sul, Edgar Pereira, como fator preocupante. Isso forçaria os preços a caírem, fazendo com que os laticínios vendessem sua produção a preços muito baixos para que não sobrassem, prejudicando laticínios de Cassilândia e Paranaíba entre outros.