Problemas de visão sem tratamento não prejudicam apenas as atividades corriqueiras dos idosos. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, aumentam o risco de desenvolver o mal de Alzheimer.
Para chegar a essa conclusão, Mary A M. Rogers e Kenneth M. Langa acessaram dados de 625 pessoas de 1992 a 2005, disponibilizados pelo Medicare (programa americano que fornece seguro de saúde a pessoas com mais de 65 anos).
A análise mostrou que pessoas com baixa visão e que visitaram o oftalmologista ao menos uma vez por ano para exames tinham 64% menos probabilidade de apresentar a demência.
Apenas 10% dos beneficiários que receberam o diagnóstico do mal contavam com excelente visão no início do estudo, enquanto 30% dos que mantiveram a cognição normal enxergavam bem.
Mas qual é a relação entre a visão e a patologia? A resposta vem ao encontro dos conselhos que os médicos especialistas no assunto sempre deram e foi ratificada pelo site Science Daily: atividades como leitura, jogos de tabuleiro e exercícios físicos diminuem as chances de Alzheimer.
Por consequência, que tem dificuldades para enxergar não as executa, deixando de exercitar a mente e propiciando o aparecimento da doença. Os resultados foram divulgados na versão online da publicação American Journal of Epidemiology.