Preso no interior do Paraguai no último dia 27/12, o brasileiro Jarvis Ximenes Pavão, procurado pela justiça de ambos países, poderá ser extraditado ao Brasil dentro dos próximos 90 dias. Foi o que avaliou, em declarações à imprensa, o promotor Francisco de Vargas, representante do Ministério Público paraguaio.
“Na minha opinião, convém mais que Pavão seja extraditado a seu país, porque é lá que ele tem uma expectativa de pena mais alta pelos delitos que cometeu”, opinou Vargas, citado pelo jornal ABC Color, ao ponderar as acusações pendentes contra o brasileiro nos judiciários de Brasil e Paraguai.
No país vizinho, Pavão, que é apontado como o comandante de uma das maiores redes de tráfico de drogas e armamentos em território paraguaio, conta com acusação, “apenas”, de lavagem de dinheiro, associação criminosa, porte ilegal de armas e posse de estupefacientes.
Somadas as penas, o brasileiro poderia ser condenado a cerca de oito anos de prisão, enquanto que, no Brasil, somente as acusações por tráfico internacional de entorpecentes e formação de quadrilha podem render-lhe, logo de cara, 15 anos de reclusão.
Ao ser detido, Pavão expressou, desde o primeiro momento, seu desejo de retornar ao país de origem, alegando “não confiar na justiça paraguaia”. Com o parecer favorável do Ministério Público, a extradição, cuja decisão final estará a cargo do juiz Pedro Darío Portillo, pode sair ainda no primeiro trimestre de 2010.