O ex-vereador Eduardo Marcondes manifestou ontem sua preocupação com a possibilidade, segundo ele cada dia mais iminente, de que o vírus H1N1, causador da gripe suína, chegue às aldeias de Dourados e da região. Na opinião do ex-vereador, que é médico pediatra, isso seria uma “catástrofe”.
“A população das aldeias é altamente vulnerável e por isso mesmo demanda políticas públicas específicas por parte dos órgãos ligados à saúde”, opinou o vereador.Ele defendeu a ampliação, por parte da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), das ações preventivas para proteger a população das 74 aldeias indígenas do estado da gripe A (H1N1). Nas aldeias Bororó e Caiuá residem mais de 11 mil índios.No estado, são mais de 10 mil crianças indígenas.
O pediatra lembrou que as doenças respiratórias estão entre as principais enfermidades que acometem as crianças indígenas, sobretudo nas aldeias da região Sul, que tem registrado baixas temperaturas. Marcondes ponderou que enquanto não forem adotadas políticas estruturantes, que retirem os indios da miserabilidade, eles continuarão vulneráveis.
“A desnutrição, essa chaga que está presente em praticamente todas as aldeias do país, é uma porta aberta para outras enfermidades”, ponderou ele. “Inclusive para a gripe suína”, acentuou. Marcondes assinalou que outras doenças antes restritas às áreas urbanas já chegaram às aldeias, como a AIDS e outras doenças infecto-contagiosas.
Crítica
“Essa constatação reforça a necessidade de olharmos com mais atenção para a população indígena”, opinou o médico, que aproveitou a oportunidade para criticar a visão, segundo ele “equivocada”, de que os problemas dessa camada da população brasileira se restringem à terra.
“Todas as CPIs, audiências públicas e Comissões Especiais criadas para discutir o assunto mostram que a falta de políticas estruturantes é o maior fator a contribuir para a vulnerabilidade a doenças, vícios e outros males que acometem as aldeias”, afirmou Marcondes.
Na condição de presidente da Comissão de Saúde da Câmara, ele propôs e coordenou uma audiência pública que discutiu a mortalidade infantil nas aldeias do estado.Uma CPI criada pela Assembléia Legislativa e uma Comissão Especial do Senado Federal também discutiram o assunto. “Infelismente a situação continua a mesma”, lamentou o médico.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Policia desmantela associação criminosa que mantinha entreposto de droga
Confira as dezenas sorteadas da Mega-Sena; prêmio de R$ 42 milhões

Homem é preso acusado de tráfico de drogas da região do Piratininga
Novo decreto amplia horário de funcionamento de bares e libera eventos
PARAGUAIPolícia prende 8 em fazenda de Pavão com produtos para fabricar cocaína
Carreta da Justiça atende população da cidade de Paraíso das Águas

Polícia apreende veículo com mais de uma tonelada de maconha na MS-386

MS recebe 22,5 mil doses da vacina AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19

Douradão é liberado para a estreia do DAC na série A do Estadual

Carreta estacionada ao lado da Depac com 30t de maconha é levada ao Batalhão da PM
Mais Lidas

Homem é preso após estuprar menina de 11 anos

Trio de Dourados é preso tentando furtar agência dos Correios de Itaporã

Tatuagem ajuda mãe a identificar homem encontrado morto sem a cabeça
