Uma classificação com cara de segunda chance e direito a puxão de orelha. Dá para definir assim a vitória por 3 a 2 sobre o Equador que manteve o Brasil na disputa por uma vaga no Mundial Sub-20.
O 3 a 0 do primeiro tempo da partida disputada na Venezuela na noite de quinta-feira até parecia indicar uma Seleção que aprendeu a lição depois da goleada sofrida para a Argentina e se mostrava competitiva e organizada. A etapa final, no entanto, deu um choque de realidade que pode ser importante para minimizar os erros no hexagonal final.
A comparar com a desastrosa goleada para a Argentina na estreia e o sufoco para vencer a Bolívia em seguida, o Brasil de Ramon apresentou, sim, evolução. Dominou o meio de campo e soube explorar as falhas na bola aérea do sistema defensivo equatoriano.
O time competiu mais, marcou mais, pressionou mais e conseguiu se mostrar impositivo no primeiro tempo. Bidon e Moscardo ditavam o ritmo e o Equador pouco passava do meio de campo. O gol era questão de tempo e saiu após cobrança de escanteio de Pedrinho para Iago aos 25.
O Brasil tinha confiança e logo no minuto seguinte Gustavo recebeu pela direita para cruzar e Deivid Washington ampliar de peixinho. O golpe atordoou o Equador e o Brasil iniciou bombardeio que resultou no terceiro ainda na etapa inicial, novamente em cabeçada do novo reforço do Santos após a segunda assistência de Pedrinho.
Parecia uma atuação redentora depois dos sustos no início da competição, mas o segundo tempo serviu como choque de realidade. A estratégia de dar campo aos rivais para fazer valer dos contra-ataques surtiu efeito até que Ramon trocou peças para dar fôlego e o Brasil parou de jogar.
Acuado, viu o Equador descontar aos 31 e aos 38, e precisou sofrer (bastante) na reta final. Robert, nos acréscimos, foi o herói com defesa em chute de Obando dentro da área para evitar o empate e garantir a classificação.
Sufoco desnecessário pelo que se desenhou no primeiro tempo, mas que serve como puxão de orelha para um time que não apresenta motivos para se dar ao luxo de relaxar. A sobrevivência na competição vem mais da transpiração do que pela inspiração, e entrar com isso em mente na fase final é fundamental.
Com o Chile, país-sede do Mundial, também já garantido para o hexagonal, apenas um dos seis concorrentes fica fora da Copa do Mundo. Caminho aberto para um Brasil que abriu a competição com o vexame e depende de si para terminar com o alívio da classificação.
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