O repórter da TV Globo Alexandre Portanova e o assistente Alexandre Coelho Calado foram seqüestrados por volta das 8 horas deste sábado, 12, em frente à padaria União Fialense, na Avenida Luís Carlos Berrini, 1.709. Os dois trabalhavam na madrugada e costumavam tomar café ali antes de ir embora. O motorista Marco Antônio Felipe, funcionário de uma empresa que presta serviços para o Hotel Hilton, disse que estava na porta da padaria quando os criminosos saíram levando as vítimas. Ele afirma ter visto dois homens: um mais alto, de cabelos enrolados, vestindo moletom cinza, e outro mais baixo, de cabelo liso, blazer e calça pretos. "O mais alto levava a arma na mão, junto ao peito. O outro estava com a arma na calça. Estavam muito tranqüilos. Deve ter sido ação planejada."Segundo a polícia, quatro ou cinco homens devem estar envolvidos no crime. Eles fugiram num Vectra preto, encontrado queimado pouco depois na Avenida Portugal. "Era um carro roubado. Havia um B.O. no 15º DP", disse o delegado. Uma moto também estava envolvida na ação e, talvez, um Gol.Pela manhã, a TV Globo colocou seguranças privados e policiais militares para acompanhar as equipes nas reportagens. O Estado apurou que muitos assistentes se recusaram a sair da emissora por medo de novos atentados.O governador Cláudio Lembo disse que "a cidade em si está tranqüila". "É uma situação complexa e o resto está tranqüilo. O que o governo vai fazer? Estamos acompanhando bem. Sobre o seqüestro (dos repórteres da Globo), a política é não falar."