No epicentro de uma crise mundial e declaradamente inimigo dos Estados Unidos da América após bombardeio executado por militares norte-americanos matar o general Qassem Soleimani, o Irã é um dos principais parceiros comerciais do agronegócio sul-mato-grossense. De janeiro a novembro de 2019, aquele país injetou mais de US$ 140 milhões na economia estadual para comprar milho, soja e carne bovina.
Com base nas informações apuradas pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) mostra que os iranianos figuram sempre entre os principais importadores dos produtos da agricultura e da pecuária vendidos pelo Estado no mercado internacional.
No mais recente boletim casa rural da entidade representativa do agronegócio sul-mato-grossense, é detalhado que de janeiro a novembro de 2019 o Irã pagou US$ 45,2 milhões por 12.969.180 quilos de carne bovina produzidos aqui. Com isso, figura como sexto maior comprador, responsável por 7,22% da receita total.
Quanto à soja em grãos, dos mais de US$ 1 bilhão faturados pelo Estado no mercado internacional em 11 meses do ano passado, US$ 11.969 milhões foram pagos pelos iranianos, que compraram 34.318 toneladas e figuram no 9º lugar do ranking de principais importadores dessa commoditie estadual.
Mas é em relação ao milho que a participação iraniana no faturamento de Mato Grosso do Sul fica ainda mais relevante.
De janeiro a novembro passados aquele país importou 454.451 mil toneladas e pagou US$ 84,7 milhões. Segundo maior comprador, só ficou atrás do Japão, que comprou US$ 157,7 milhões (952.975 toneladas), e responde pelo dobro do terceiro, a Coréia do Sul, US$ 41,8 milhões por 254.292 toneladas.